Setembro é para muitas famÃlias sinónimo de regresso à s aulas.
Após a pausa letiva do verão tipicamente associada a uma quebra da rotina, é necessário um reajuste para regressar ao quotidiano, e a preparação para o tempo mais frio.
Em primeiro lugar, rotinas. São parte estruturante no crescimento e desenvolvimento das crianças, criam expectativas e ajudam ao desenvolvimento da sua autonomia e organização. Após um perÃodo de quebra destes padrões, em que tradicionalmente as crianças passam mais tempo com a famÃlia, ocorrem mudanças nos padrões de sono e têm mais tempo para brincar, surgem dois desafios. Um é regressar aos hábitos já estabelecidos. O outro é perceber se as rotinas do ano anterior ainda fazem sentido, quer seja pelo estágio de desenvolvimento da criança/adolescente, quer seja por eventuais mudanças no ambiente familiar/escolar.
· Pode optar por gradualmente ajustar a hora de deitar e levantar, durante uns dias antes do inÃcio das aulas.
· Rever a matéria estudada no ano anterior também ajudará a regressar aos hábitos de estudo.
· Envolver a criança na preparação do material escolar vai ajudá-la a sentir-se mais autónoma e motivada.
· De acordo com a idade, envolva a criança na elaboração da nova rotina.
· Crie um espaço diário para a partilha de tempo de qualidade, sem distrações, que pode ser aproveitado para conversar sobre as experiências do dia.
· Comunicar! Tentar perceber se existem receios em relação ao novo ano escolar, tentar entendê-los e falar sobre o assunto pode ajudar bastante.
O regresso às aulas marca também o reencontro com os colegas, e é por isso uma excelente oportunidade para falar com os seus filhos sobre regras sociais, como seguir orientações dos educadores, a privacidade, a partilha e o respeito pela diferença.
A vacinação representa um dos fatores mais efetivos na prevenção de doenças. É particularmente importante nas crianças, pois o seu sistema imunitário ainda não se desenvolveu e não é capaz de combater infeções como o dos adultos; porque ainda não tiveram oportunidade de ser expostas a muitos patógenos e são por isso mais sensÃveis; porque na escola convivem diariamente com outras crianças, sendo o contacto muto próximo e a partilha de objetos uma caracterÃstica própria da idade, existindo uma maior possibilidade de contágio.
As vacinas recomendadas no Programa Nacional de Vacinação (PNV) são seguras e indicadas para a maioria das crianças, salvo raras exceções que se encontram bem definidas e são facilmente identificáveis pelas equipas de saúde. São gratuitas e abrangem todas as pessoas que se encontrem em Portugal.
Todas as crianças que não tenham indicação contrária do médico assistente devem ser vacinadas, para se protegerem a si e às outras crianças que por alguma condição de saúde ou por ainda não se encontrarem no grupo etário adequada ainda não possam ter sido vacinadas. É importante perceber que as vacinas recomendadas no PNV previnem ou evitam formas mais graves de doenças que já representaram graves problemas de saúde pública no passado, e que se encontram controladas pela vacinação da maioria da população, mas que não estão erradicadas e que podem voltar a ser problemas importantes se a vacinação não for realizada nas idades e intervalos recomendados.
Esta é ainda uma oportunidade privilegiada para identificar eventuais dificuldade visuais ou auditivas, que poderão condicionar a adaptação ao novo ano letivo. Para além de realizar todas as consultas de vigilância de saúde recomendadas para a cada idade, também deve consultar um profissional de saúde caso suspeite de alguma destas.
Quer pela época do ano em que estamos a entrar, mais propÃcia à propagação de alguns vÃrus, quer pela natureza dos espaços e do tipo de contactos a que as crianças regressam, é expectável que nos próximos meses surjam algumas doenças causadas por agentes transmissÃveis. O inÃcio do ano é uma boa altura para recordar com os seus filhos regras de higiene, reforçar a importância do banho, da lavagem frequente das mãos e da higiene oral, incentivá-los a cobrir a boca e nariz quando espirram ou tossem. Em caso de doença devem ficar em casa até recuperados, e sempre que exitam doenças crónicas deve informar os educadores/professores. Para além destes cuidados a atividade fÃsica e a alimentação adequada são essenciais para um sistema imunitário competente.
As refeições voltam em muitos casos a ser feitas fora de casa. Se a opção for enviar o almoço de casa, o planeamento das refeições ajuda a que estas sejam equilibradas e nutricionalmente adequadas. Os lanches não devem conter alimentos ricos em açúcar, alimentos ultraprocessados, e devem privilegiar a fruta. Se existirem necessidades especiais em termos alimentares, estas devem ser comunicadas o mais brevemente possÃvel.
No âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, são disponibilizados vários documentos de apoio que ajudam a adequar as refeições às necessidades nutricionais das crianças durante o seu desenvolvimento. Aqui pode consultar um referencial para a preparação dos lanches!
Lembre-se que alimentação é um pilar fundamental para o desenvolvimento saudável.
Finalmente, bom regresso às aulas e disfrute deste momento com os seus filhos.
Para saber mais sobre estes assuntos:
https://nutrimento.pt/ https://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2019/10/Alimentac%CC%A7a%CC%83o-Sauda%CC%81vel-dos-0-aos-6-anos.-pdf.pdf
https://www.chts.min-saude.pt/noticias/dicas-para-preparar-o-regresso-as-aulas-em-seguranca/ https://www.sns24.gov.pt/tema/vacinas/programa-nacional-de-vacinacao/